A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (25), uma nova linha de financiamento habitacional. Chamado de Crédito Imobiliário Poupança Caixa, ele estará disponível para contratação a partir do dia primeiro de março. A divulgação foi feita pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, em transmissão on-line. Além do novo crédito, também foram divulgados os resultados da carteira de habitação de 2020.
Na nova linha de crédito, a taxa de juros é variável conforme o rendimento da poupança. A composição da taxa fica da seguinte forma: Taxa Referencial (TR) + Remuneração da poupança + Taxa conforme o perfil do cliente. No primeiro momento serão disponibilizados R$ 30 bilhões para a nova modalidade, podendo aumentar conforme a demanda. Além disso, o prazo para o pagamento é de 35 anos.
A remuneração da poupança varia de acordo com a Selic. Quando a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a taxa correspondente à remuneração é de 70% da Selic. Abaixo de 8,5%, a taxa de remuneração fica fixa em 6,17% ao ano. A tarifa final, considerando o valor das taxas atuais – Selic 2% e TR zerada – varia de 4,75% a 5,39%, de acordo com o perfil do cliente. “Nós temos uma expectativa muito grande de adesão a essa nova linha com remuneração pela poupança (…) Estamos com a menor taxa de juros da história, os preços dos imóveis ainda não se recuperaram totalmente, então temos um momento muito importante para o financiamento imobiliário”, projetou Pedro Guimarães.
Resultados 2020
Na apresentação, o presidente da Caixa divulgou os resultados da carteira de habitação do banco. No total, foram concedidos R$ 509 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, com 5,6 milhões de contratos fechados. O resultado manteve o banco como maior financiador de imóveis do país, com participação de 68,8% no mercado. “O segmento imobiliário é o coração da Caixa Econômica Federal”, disse Pedro Guimarães.
Em 2020, foram construídos 2,3 mil novos empreendimentos, gerando 791,8 mil empregos diretos e indiretos. “O foco imobiliário é algo fundamental. Ele gera resultado, gera emprego e gera um crescimento econômico, sem dúvida nenhuma”, ressaltou o presidente da Caixa.
Pedro Guimarães também destacou as medidas que a instituição adotou devido à Covid-19. “Nós tivemos uma alta relevante de inadimplência nos meses de abril, maio e junho de 2020, devido à Covid. Mas ela foi muito reduzida, basicamente, porque nós realizamos 2,5 milhões de pausas e, em dezembro, 97,8% das famílias já tinham terminado a pausa. Basicamente todas as famílias já encerraram a pausa, demonstrando a qualidade do crédito e a maneira que nós ajudamos a população”, explicou.
Fonte: Portal da Folha – Economia – 26/02/2021